quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013


Os maiores matemáticos de todos os tempos

 Os maiores matemáticos de todos os tempos

Classificados ordem aproximada de “grandeza”. Para se qualificar, o matemático deve nascer antes de 1930 e seu deve ter amplitude , profundidade e importância histórica . 


  1. Isaac Newton
  2. Arquimedes
  3. Carl F. Gauss
  4. Leonhard Euler
  5. Bernhard Riemann

  1. Euclides
  2. Henri Poincaré
  3. Joseph-Louis Lagrange
  4. David Hilbert
  5. Gottfried Leibniz W.

  1. Alexandre Grothendieck
  2. Pierre de Fermat
  3. Niels Abel
  4. Evariste Galois
  5. John von Neumann

  1. Karl Weierstrass WT
  2. René Descartes
  3. Brahmagupta
  4. Carl GJ Jacobi
  5. Srinivasa Ramanujan

  1. Augustin Cauchy
  2. Peter GL Dirichlet
  3. Hermann Weyl KH
  4. Eudoxo de Cnido
  5. Georg Cantor

  1. Muhammed al-Khowârizmi
  2. Arthur Cayley
  3. Emma Noether
  4. Pitágoras de Samos
  5. Leonardo Fibonacci `’

Em algum de uma lista mais longa será uma lista de grandes matemáticos, em vez de uma lista de grandes est Matemáticos. Eu ampliou a lista para um mesmo Hundred, mas você pode preferir reduzi-la a um Setenta Top, Top Sessenta, Top Fifty, lista Quarenta ou Top Top Trinta, ou mesmo Vinte Top, Top Quinze ou Top Ten List.
  1. Kurt Gödel
  2. Charles Hermite
  3. Aryabhatta
  4. Apolônio de Perga
  5. Richard Dedekind

  1. Diofanto de Alexandria
  2. William R. Hamilton
  3. Pierre-Simon de Laplace
  4. Bháscara Acharya
  5. Blaise Pascal

  1. Gaspard Monge
  2. Felix Christian Klein
  3. Jean le Rond d’Alembert
  4. Jacques Hadamard
  5. Arquitas de Tarento

  1. George Boole
  2. Élie Cartan
  3. Johannes Kepler
  4. Hiparco de Nicéia
  5. Ferdinand Eisenstein

  1. Jean-Victor Poncelet
  2. Jacob Bernoulli
  3. Godfrey H. Hardy
  4. Stefan Banach
  5. Andrey N. Kolmogorov

  1. Júlio Plücker
  2. Joseph Fourier
  3. Alhazen al-Haytham
  4. Carl Ludwig Siegel
  5. François Viète

  1. Hermann G. Grassmann
  2. FEJ Émile Borel
  3. Christiaan Huygens
  4. André Weil
  5. Liu Hui

  1. ME Camille Jordan
  2. LEJ Brouwer
  3. John Wallis
  4. Pafnuti Chebyshev
  5. Henri Léon Lebesgue

  1. Michael F. Atiyah
  2. Siméon-Denis Poisson
  3. Giuseppe Peano
  4. James J. Sylvester
  5. Jakob Steiner

  1. Panini (de Shalatula)
  2. Joseph Liouville
  3. Alan M. Turing
  4. Francesco B. Cavalieri
  5. Jean-Pierre Serre

  1. Atle Selberg
  2. Pappus de Alexandria
  3. John E. Littlewood
  4. Shiing-Shen Chern
  5. Johann Bernoulli

  1. Hermann Minkowski
  2. Ernst E. Kummer
  3. George Pólya
  4. Emil Artin
  5. Felix Hausdorff

  1. Omar al-Khayyam
  2. Adrien M. Legendre
  3. Hipócrates de Chios
  4. Girolamo Cardano
  5. Johann H. Lambert

  1. Paul Erdös
  2. Alexis Clairaut C.
  3. Marius Sophus Lie
  4. Nicolai Lobachevsky
  5. Thales de Mileto


Eu anexado cinco nomes adicionais para a lista de cem maiores matemáticos. Einstein, Maxwell, etc estão entre os maiores matemáticos aplicados na história, mas pode não ter a importância como matemáticos puros para se qualificar para o Hundred. No entanto, eu certamente incluí-los em qualquer lista maior.Eu acho que cem (ou 105) é um tamanho boa lista, mas vai trazê-lo 120 só para algumas “peças de reposição”.  :-)  




Os maiores matemáticos de todos os tempos

Os  maiores matemáticos de todos os tempos


Isaac Newton

Arquimedes

Carl Gauss

Leonhard Euler

Bernhard Riemann

Euclides


Henri Poincaré

J.-L. Lagrange

David Hilbert

GW Leibniz

Alex. Grothendieck

Pierre de Fermat

Pitágoras de Samos.

Pitágoras de Samos.
Pitagoras  
A Vida:
Segundo a tradição, a pitonisa do oráculo de Delfos avisou aos pais de Pitágoras - o rico joalheiro Mnésarcnos e sua mulher Parthénis - que o filho esperado por Parthénis seria um homem de extrema beleza, inteligência e bondade, e iria contribuir de forma única para o benefício de todos os homens. Quando a criança nasceu na ilha de Samos, na Grécia, numa data que se situa entre 570 e 590 a.C., os seus progenitores deram-lhe o nome de Pitágoras, em homenagem à pitonisa que havia previsto para ele uma vida incomum.
Dentre as lendas que cercam a vida de Pitágoras, algumas asseguram que ele na verdade não era um homem comum, mas sim um deus que tomara a forma de ser humano para melhor guiar a humanidade e ensinar a filosofia, a ciência e a arte.
Nessa época, na ilha de Samos havia, no aspecto religioso, duas correntes opostas: de um lado, os ritos dionisíacos, degenerados pela perda do seu sentido sagrado e, do outro lado, os ritos órficos, caracterizados por uma ascese rigorosa. Pitágoras seguiu estes últimos, que influenciaram a sua conduta por toda vida.
Mal acabado de sair da adolescência, Pitágoras acreditou que todos os conhecimentos que os gregos possuíam nada mais eram do que fragmentos da grande sabedoria que se encontrava nos templos egípcios e na Mesopotánia. A fim de saber mais acerca dos mistérios da Vida e do Universo, era necessário que se deslocasse para o Oriente, aos lugares em que esses conhecimentos ainda permaneciam vivos. Assim, escolhendo Esparta como ponto de partida, o filósofo de Samos inicia um grande périplo através das maiores cidades e templos do mundo antigo que se prolongou por 40 anos, antes de voltar de novo à sua terra natal.
Esta viagem levou-o a encontrar-se com as maiores personalidades do seu tempo. Em Mileto, encontrou Tales e Anaximandro. Porém, foi no Egito, onde permaneceu cerca de 25 anos, que Pitágoras extraiu os conhecimentos que fundamentariam seu ensinamento futuro. Em Saís, encontrou o faraó Amasis que, reconhecendo as suas enormes capacidades, permitiu a sua admissão nos templos iniciáticos do Egipto. Existem ainda indícios de que teria sido discípulo de Zoroastro, e é certo que estudou com os maiores mestres daquela época.
Os historiadores aceitam que Pitágoras foi o primeiro homem a intitular-se filósofo, ou seja, amigo da sabedoria. Antes dele, os pensadores chamavam a si mesmos sages, significando algo como aqueles que sabem. Pitágoras, bem mais modesto, pretendia ser um homem que apenas procurava descobrir.
Quarenta anos após tê-la deixado, Pitágoras retornou a Samos, sua ilha natal. A esperança de aí fundar uma escola iniciática fracassou em virtude da recepção hostil do tirano Policrato. Partiu então para Crotona, cidade helénica da Itália meridional, onde fundou a sua escola iniciática, conhecida pelo nome de "Fraternidade Pitagórica". Ali reuniu um grupo de discípulos, a quem iniciou nos conhecimentos de matemática, música e astronomia, consideradas como a base de todas as artes e ciências.
Para entrar na "Fraternidade Pitagórica", o candidato era submetido a rudes provas, tanto físicas como de ordem psicológica. Se essas provas eram ultrapassadas, então o neófito era aceite como "acusmático", o que significa que deveria fazer o voto de silêncio durante os cinco primeiros anos. Os ensinamentos nunca eram escritos, mas transmitidos de "boca a ouvido" àqueles que estavam prontos a assimilá-los.
Pitágoras, na sua linguagem dos números, designava Deus pelo número 1 e a Matéria pelo 2; exprimia o Universo pelo número 12 resultante da multiplicação de 3 por 4; quer dizer, Pitágoras concebia o universo composto por três mundos particulares que, encaixando-se uns nos outros através dos quatro princípios ou elementos da Natureza, desenvolviam-se em 12 esferas concêntricas. Ao Ser inefável que inundava estas 12 esferas sem ser captado por nenhuma delas, o filósofo de Samos chamava-lhe Deus. Pitágoras conhecera e aprendera no Egipto a aplicação do número 12 ao Universo; também era assim para os Caldeus e outros povos. A instituição do Zodíaco com seus 12 signos é a demonstração cabal deste conhecimento.
Pitágoras aprendera no Egito que os astros são corpos vivos que se movimentam no espaço, obedecendo a uma lei de harmonia universal, à qual estão inexoravelmente sujeitos no tempo, como todas as coisas manifestadas. Nas suas formas esféricas, o mestre de Samos via a figura geométrica mais perfeita.
O filósofo considerava o Homem um Universo em escala reduzida e, no Universo, ele via um grande Homem. Ele chamou-lhes respectivamente Microcosmos e Macrocosmos. Assim, o Homem como uma célula contida no Todo, seria um reflexo do ternário universal constituído de Corpo, Alma e Espírito.
Como costuma acontecer com os grandes libertários, Pitágoras logo arranjou inimigos políticos e pessoais. Entre um dos muitos que tentaram entrar para sua escola e não foram admitidos, estava um homem que passou então a perseguí-lo. Através de falsos testemunhos, colocou o povo da cidade contra Pitágoras, até que um dia a escola foi destituída e o mestre assassinado. Não existe, no entanto, certeza sobre essa morte: alguns dizem que ele conseguiu fugir para Metaponto, onde viveu o resto da sua vida.
Pitágoras não deixou nenhum registro escrito, e sendo sua sociedade secreta, certamente existe muito sobre ele que foi perdido após a morte dos seus discípulos, e a dissolução dos pitagóricos. É difícil hoje dizer o que ao certo foi obra de pitágoras e o que foi obra de seus discípulos, uma vez que a figura de pitágoras e a figura da filosofia pitagórica são indivisíveis hoje, de modo a tornar árduo o trabalho de separar o homem de seus ensinamentos, para aqueles que a isto se dedicam.
Pitágoras e a Música:
Nenhum músico teve tanta importância no período clássico quanto Pitágoras. Conforme conta a lenda, Pitágoras foi guiado pelos deuses na descoberta das razões matemáticas por trás dos sons depois de observar o comprimento dos martelos dos ferreiros. A ele é creditada a descoberta do intervalo de uma oitava como sendo referente a uma relação de frequência de 2:1, uma quinta em 3:2, uma quarta em 4:3, e um tom em 9:8. Os seguidores de Pitágoras aplicaram estas razões ao comprimento de fios de corda em um instrumento chamado cânon, ou monocorda, e, portanto, foram capazes de determinar matematicamente a entonação de todo um sistema musical. Os pitagóricos viam estas razões como governando todo o Cosmos assim como o som, e Platão descreve na sua obra, Timeu, a alma do mundo como estando estruturada de acordo com estas mesmas razões. Para os pitagóricos, assim como para platão, a música tornou-se uma natural extensão da matemática, bem como uma arte. A matemática e as descobertas musicais de Pitágoras foram, desta forma, uma crucial influência no desenvolvimento da música através da idade média na Europa.
Teorema de Pitágoras:
Talvez a obra mais famosa de Pitágoras seja seu teorema, relacionando os lados de um triângulo rectângulo.
" Num triângulo rectângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos."
Os catetos são os lados que formam o ângulo recto e a hipotenusa é o lado maior do triângulo. Na figura seguinte, a e b são os catetos e h é a hipotenusa. Assim, podemos escrever a seguinte expressão:
Repara que com as partes coloridas dos quadrados construidos sobre os catetos (fig.1) é possível preencher totalmente o quadrado construido sobre a hipotenusa (fig.2), isto é, a área do quadrado da hipotenusa é igual à soma das áreas dos quadrados do catetos.


Um modo popular de enunciar o teorema de Pitágoras é o seguinte: A caminho de Siracusa disse Pitágoras aos seus netos, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.

Os números Irracionais
Para os Pitagóricos, tudo era número, os números eram a essência das coisas. Como eles apenas conheciam os números racionais (naturais e fracções de naturais) foi com grande surpresa e choque que descobriraram que havia segmentos de recta cuja medida não pode ser expressa por um número racional. Essa descoberta é atribuida a um aluno de Pitágoras que tentava descobrir a medida da diagonal de um quadrado de lado 1.
Perante o problema de haver algo que não podia ser expresso pelos números que eles conheciam, os Pitagóricos ocultaram essa descoberta de modo a não macular a "perfeição" dos números.
Ditos Pitagóricos:
"Tudo é número"
"Anima-te por teres de suportar as injustiças; a verdadeira desgraça consiste en cometê-las."
"A melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar, é aproximar-se de Deus."
"A vida é como uma sala de espectáculos: entra-se, vê-se e sai-se. "
"A Evolução é a Lei da Vida, o Número é a Lei do Universo, a Unidade é a Lei de Deus."
"Com ordem e com tempo encontra-se o segredo de fazer tudo e tudo fazer bem".
"O que fala, semeia - o que escuta, recolhe".
"Ajuda teus semelhantes a levantar sua carga, mas não a carregues".
"Educai as crianças e não será preciso punir os homens".

Leonhard Euler

                     Leonhard Euler
Sua Assinatura:

  A contribuição de Euler para a ciência matemática teve como um de seus pilares a Introductio in analysim infinitorum (1748; Introdução à análise dos infinitos), obra que constitui um dos fundamentos da matemática moderna.
  Leonhard Euler nasceu na cidade suíça de Basiléia em 15 de abril de 1707, numa família tradicionalmente dedicada à pesquisa científica. A precocidade e o brilhantismo de seus primeiros trabalhos despertaram o interesse dos principais matemáticos de sua época, como Jean Bernouilli e seus filhos, e converteram-no, aos vinte anos, em membro associado da Academia de Ciências de São Petersburgo, para onde se transferira. Por meio de livros e monografias que apresentou à Academia, Euler aperfeiçoou os conhecimentos da época sobre cálculo integral, desenvolveu a teoria das funções trigonométrica e logarítmica e simplificou as operações relacionadas à análise matemática. Sua contribuição para a geometria analítica e para a trigonometria é comparável à de Euclides para a geometria plana. A tendência a expressar operações físicas e matemáticas em termos aritméticos incorporou-se desde então aos procedimentos das ciências exatas.
  Em conseqüência de um problema neurológico, Euler perdeu em 1735 a visão de um olho. Chamado em 1741 por Frederico II o Grande, da Prússia, foi honrado com a dignidade de membro da Academia de Berlim.
  Ao perder o favor real, em 1766, transferiu-se de novo para a corte de São Petersburgo, a cujo trono havia subido Catarina II a Grande, e ali estendeu sua atividade ao estudo da mecânica, óptica, acústica e astrofísica. Estudou o movimento lunar, o fenômeno dos eclipses e as posições relativas dos astros.
  As principais descobertas de Euler se deram no campo da teoria dos números. Ele também foi responsável pela incorporação de numerosos símbolos à linguagem matemática, como   para designar somatório;  e para denominar a base dos logaritmos naturais ou neperianos e a, b, e c para os lados de um triângulo e A, B e C para seus ângulos. Euler não esmoreceu em sua atividade nem mesmo quando ficou cego, aos sessenta anos. Morreu em 18 de setembro de 1783, em São Petersburgo.

Como Estudar Matemática?

Como Estudar Matemática?

Veremos neste post algumas dicas muito úteis para todos os alunos que desejam estudar Matemática, sendo que este roteiro serve também para as outras áreas do conhecimento.

Dicas Gerais:

[;1);] Faça você mesmo os exercícios, nunca peça a outra pessoa para fazê-los, apenas peça explicações.
[;2);] Leia os enunciados mais de uma vez para compreender o que é pedido. Nem sempre compreendemos tudo na primeira leitura. Se for possível, destaque os dados mais importantes.

[;3);] Quando surgir alguma dúvida durante a resolução de exercícios, volte ao enunciado.
[;4);] Ao resolver problemas, leia observando o que deve ser feito para solucioná-los, anotando os dados.

[;5);] Confira sempre as anotações.

[;6);] Procure relacionar as matérias com situações do dia-a-dia.

[;7);] Confira se está tudo de acordo como enunciado e se há questões sem fazer.
Como estudar Matemática durante as aulas:

[;1);] Participe das aulas, perguntando quando tiver alguma dúvida sobre a matéria ou sobre as resoluções dos exercícios.

[;2);] Dê bastante atenção as explicações e correções, mesmo quando achar a matéria fácil.
[;3);] Participe falando sua forma de resolução, sempre que ela for diferente da apresentada por outros colegas.
[;4);] Corrija todo o dever com muita atenção, não deixe de marcar certo ou errado e faça sempre a correção necessária. Nunca copie do quadro exercícios prontos, sem tê-los entendido primeiro.

Como estudar Matemática em casa:

[;1);] Faça os deveres com atenção e sempre que tiver dúvida, consulte a matéria.

[;2);] Estude refazendo os exercícios dados em aula.

[;3);] Se errar procure descobrir seu erro e repita o exercício até acertá-lo com segurança.

[;4);] Exercite e aprimore as operações fundamentais, sempre conferindo o resultado.
[;5);] Reveja diariamente toda a matéria dada, principalmente os exercícios que você teve maior dificuldade.

Pierre de Fermat

Pierre de Fermat

Pierre de Fermat, nasceu em [;17;] de agosto de [;1601;] em Beaumont-de-Lomagne, perto de Montauban a sudoeste da França. Filho de Dominique Fermat, um rico comerciante de peles que o colocou no mosteiro franciscano de Grandselve recebendo, ali, uma educação privilegiada. Entrou para o serviço público onde foi, em [;1631;], nomeado conselheiro na Câmara de Requerimentos.

Pierre de Fermat foi talvez o maior matemático do século
[;XVII;], mas sua influência foi limitada por falta de interesse em publicar suas descobertas que são conhecidas principalmente pelas cartas a amigos e anotações marginais em sua cópia da Arithmética de Diofanto. Por profissão, era advogado e membro da suprema corte provincial de Toulose, no sudoeste da França. Entretanto, seu passatempo e sua paixão particular era a matemática e sua criatividade casual foi uma das maravilhas da época para os poucos que a conheceram.

Suas cartas sugerem que era um homem envergonhado e reservado, cortês e afável, mas um pouco distante. Sua vida externa era tão calma e ordenada como se poderia esperar de um juiz de província com senso de responsabilidade e de seu trabalho. Felizmente, esse seu trabalho não era tão exigente e deixou bastante tempo ocioso para a extraordinária vida interior que florecia, a luz de lamparina, no silêncio de seu estúdio a noite. Ele era um amante do estudo, dos clássicos e de suas próprias ideias matemáticas que se desenvolveram em parte por sua familiaridade íntima com os trabalhos de Arquimedes, Apolônio, Diofanto e Pappus de Alexandria. Embora fosse um gênio de primeira grandeza, parece que pensava de si mesmo como no máximo um sujeito inteligente com algumas boas ideias, mas não da mesma categoria dos mestres da antiguidade grega.

O padre Mersenne ficou sabendo de algumas pesquisas de Fermat e escreveu a ele em [;1636;], convidando-o a compartilhar suas descobertas com os matemáticos parisienses. A partir deste momento, Fermat e o padre Mersenne comunicaram-se através de cartas durantes muitos anos. As cartas de Fermat eram repletas de idéias e descobertas, e, as vezes, acompanhadas por pequenos ensaios expositivos em que resumidamente descrevia alguns de seus métodos. Esses ensaios eram escritos em latim e eram passados, com excitação, de pessoa a pessoa, no grupo de mersene. Fermat resolvia de forma genial vários problemas propostos a ele pelos matemáticos parisienses e de volta propunha problemas que eles não podiam resolver. Ele apreciava se desafiar e achava natural que sues correspondentes também apreciassem. Por exemplo, uma vez o padre Mersenne lhe perguntou se o número [;100.895.598.169;] era primo ou não. Tais questões frequentemente levavam anos para serem respondidas, mas Fermat replicou sem hesitação sem hesitação que o número era o produto de [;112.303;] e [;898.423;] e que cada um desses fatores era primo - e até hoje ninguém sabe como ele descobriu.

Fermat inventou a Geometria Analítica em [;1629;] e descreveu suas ideias em um trabalho não publicado intitulado Introdução aos lugares geométricos planos e sólidos, que circulou apenas na forma de manuscrito. Neste trabalho Fermat introduziu a ideia de eixos perpendiculares e descobriu as equações gerais da reta, circunferência e equações mais simples para parábolas, elipses e hipérboles, e depois demonstrou que toda equação de [;1^{\underline{0}};] e [;2^{\underline{0}};] grau pode ser reduzida a um desses tipos. Nada disto está no ensaio de Descartes, além de que este teve acesso à Introdução vários meses antes de publicar sua obra intitulada Geometria, de [;1637;] como apêndice de seu famoso Discurso do Método. Entretanto, nada do que poderíamos reconhecer como Geometria Analítica pode ser encontrado no ensaio de Descartes, exceto talvez a ideia de usar Álgebra como linguagem para abordar problemas geométricos.

A invenção do Cálculo é usualmente creditada a Newton a Leibniz, cujas ideias e métodos não tinham publicados até cerca de [;20;] após a morte de Fermat. Entretanto, se o cálculo diferencial for considerado como a matemática de determinar máximos e mínimos de funções e desenhar tangentes a curvas, então foi Fermat o criador dessa área já no ano de [;1629;], mais de uma década antes que Newton ou Leibniz tivesse nascido. Convém lembrar que Fermat escreveu vários relatos de seus métodos, mas, como sempre, não fez esforço em publicá-los. O primeiro desses era um ensaio muito pequeno que circulava em Paris em [;1639;] e que, de acordo com a própria afirmação de Fermat, fora escrito [;7;] anos antes. Com sua honestidade usual em tais assuntos, Newton afirmou - numa carta descoberta apenas em [;1934;] - que suas primeiras ideias próprias acerca do Cálculo vieram diretamente "da maneira pela qual Fermat traçava tangentes."
Eram conhecidas tão poucas curvas antes de Fermat que ninguém sentiu qualquer necessidade de aperfeiçoar a ideia velha e inútil de que uma tangente é uma reta que toca uma curva em um único ponto. Entretanto, com o auxílio de sua nova Geometria Analítica, Fermat era capaz não só de descobrir as equações de curvas clássicas familiares mas também de construir uma variedade de novas curvas simplesmente escrevendo várias equações e considerando os gráficos correspondentes. Esse grande aumento na variedade de curvas que passou a estar disponível para estudo aguçou seu interesse no que veio a ser chamado "o problema das tangentes."

O que Newton reconheceu na observação citada acima é que Fermat foi o primeiro a chegar ao conceito moderno de reta tangente a uma dada curva num dado ponto [;P;]. Em essência, ele tomou um segundo ponto [;Q;] próximo de [;P;], sobre a curva, desenhou a reta secante [;PQ;] e considerou a tangente em [;P;] como sendo a posição-limite da secante quando [;Q;] desliza ao longo da curva em direção a [;P;]. Ainda mais importante, essa ideia qualitativa serviu-lhe como trampolim para os métodos quantitativos para calcular a exata declividade da tangente, conforme a figura abaixo.
Fermat logo percebeu que seu método de calcular tangentes, poderia ser usado para resolver os problemas de máximos e mínimos. A aplicação mais memorável dada por Fermat foi a análise da refração da luz. Os fenômenos qualitativos eram, naturalmente, conhecidos há muito tempo: quando um raio de luz passa de um meio menos denso para um meio mais denso - por exemplo, do ar para a água.

Quando o famoso filósofo foi informado do método de Fermat por Mersenne, ele atacou sua generalidade, desafiou Fermat a determinar a tangente à curva [;x^3 + y^3 = 3axy;] e loucamente vaticinou que ele fracassaria. O próprio Descartes fora incapaz de resolver esse problema e ficou intensamente irritado quando Fermat o resolveu com facilidade.

Esses sucessos nos primeiros estágios do Cálculo Diferencial foram acompanhados por realizações de mesma grandeza no Cálculo Integral, provou de forma engenhosa, que

[;\int_{0}^{b}x^n dx = \frac{b^{n+1}}{n+1};]

A luz de todos esses feitos, pode-se, com razão, perguntar por que Newton e Leibniz são comumente considerados os inventores do Cálculo e não Fermat. A resposta é que as atividades de Fermat vieram demasiado cedo, antes que os aspectos essenciais do assunto tivessem totalmente emergido. Ele teve ideias fecundas e resolveu muitos problemas particulares do Cálculo; mas ele não isolou o cálculo explícito de derivadas como um processo formal, não teve a noção de integrais indefinidas, ele aparentemente jamais observou o Teorema Fundamental do Cálculo que liga as duas partes do assunto.

A mente de Fermat era tão fértil que lançou focos de luz em vários ramos da Matemática. Um capítulo menor mas significativo de sua vida intelectual começou quando Blaise Pascal escreveu a ele em [;1654;] tocando em algumas questões sobre certos jogos de azar jogados com dados. Na correspondência que se seguiu nos meses seguintes, eles desenvolveram juntos os conceitos básicos da teoria das probabilidades. Este foi o início efetivo do assunto cuja influência é agora sentida em quase todo canto da vida moderna, indo de campos práticos, tais como seguro e controle de qualidade industrial, até as disciplinas esotéricas da Genética, Mecânica Quântica e a Teoria Cinética dos Gases. Entretanto, nenhum dos dois levou suas ideias muito longe. Pascal foi logo agarrado pelos paroxismos de piedade que cegaram o resto de sua curta existência, e Fermat largou o assunto, pois tinha outros interesses matemáticos mais urgente.

Com as realizações em Cálculo, Óptica, Geometria Analítica e Teoria das Probabilidades já o coloca entre os grandes matemáticos do século [;XVII;], mas para ele essas eram todas de menor importância comparadas com a paixão consumidora de sua vida, a Teoria dos Números. Foi aí que seu gênio brilhou com mais intensidade, sendo considerado o fundador único da era moderna desta área da Matemática, sem quaisquer rivais e com poucos seguidores até a época de Euler e Lagrange no século seguinte.

As atrações pela Teoria dos Números são sentidas por muitos, mas não são fáceis de explicar, sendo principalmente de natureza estética. Por um lado, os números inteiros positivos [;1,2,3,\ldots;] são talvez as concepções mais simples e transparentes da mente humana; e, por outro lado, muitas de suas propriedades mais facilmente compreensíveis têm raízes que se afundam profundamente quase além do alcance da engenhosidade humana.

Foram muitas as suas contribuições na Teoria dos Números, resumidamente podemos citar o pequeno teorema de Fermat, suas pesquisas sobre números poligonais e o último teorema de Fermat em que ele afirma que a equação [;x^n + y^n = z^n;] com [;n \geq 3;] não admite soluções não triviais no campo dos inteiros. Ele provou o caso [;n=3;] e deu um esboço do caso [;n=4;]. Este caso foi resolvido por Euler em [;1747;]. O problema geral foi resolvido após intensas pesquisas pelo matemático Andrew Wiles em [;1996;].

Pascal referindo a Fermat disse: "Procure em algum lugar alguém que possa segui-lo em suas pesquisas sobre os números. De minha parte, confesso que estão bem além de mim e sinto-me competente apenas para admirá-las."

Pierre de Fermat morreu em Castres na França em [;12;] de janeiro de [;1665;].